sexta-feira, 20 de março de 2009

Educação à beira do caos


A Educação no Brasil vive um momento altamente crítico, com um desgaste facilmente percebido em todas as áreas que envolvem o ensino público, onde faltam verbas, investimentos, manutenção de escolas, planos de carreira e remuneração justa para professores e funcionários. A degradação é tamanha que mesmo currículos e calendários são desrespeitados, deixando uma lacuna entre a qualidade que se espera e a triste realidade a que estão condenados os jovens estudantes.

Um dado importante divulgado nesta semana completa o diagnóstico nefasto do setor. O Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo (Idesp), realizado pela Secretaria da Educação mostra que a média das escolas do Ensino Fundamental e Ensino Médio é extremamente baixo, uma péssima avaliação para a rede pública. O desempenho abaixo de crítica é sintoma de um mal maior e mais abrangente, reflexo de um sistema deficiente, professores mal remunerados, infraestrutura física e material comprometida, alunos sem motivação ou cuidados de cidadania.

Assombra que autoridades afirmem que a meta de atingir níveis ideais no ensino público esteja focada para daqui a 20 anos, o que na prática significa condenar uma geração inteira a um padrão educacional que cria o círculo vicioso da má formação, aprofundando o problema e adiando a criação de uma verdadeira Nação, construída pelo conhecimento, cultura, convivência saudável e perspectiva de vida. Enquanto o Estado se omitir e deixar de oferecer um local adequado para o aprendizado, um padrão de disciplina e sobretudo a segurança para educandos e professores, a sociedade estará refém de pequenos grupos de vândalos que se impõem pela arrogância e pela violência impune.

Um comentário:

Anônimo disse...

Para piorar essa situação, o governo de José Serra distribuiu a estudantes da 6ª série (ou 6º ano, como queiram) das escolas estaduais um livro de geografia em que o Paraguai aparece duas vezes no mapa da América do Sul, uma delas no lugar do Uruguai, e o Equador simplesmente sumiu do mapa. Uma vergonha que limitaram a corrigir em site na Internet e serviu de gozação de países viznhos para com o Brasil. Durante as eleições municipais de 2008, a Justiça Eleitoral alertou aos eleitores para que votassem com consciência, soubessem escolher certo, sem se deixar enganar, sem vender o voto, pois "quatro anos é muito tempo". Imaginem o que representam mais duas décadas de atraso na recuperação do Ensino Público, que há muito tempo se encontra na UTI!