Em pleno paraíso do Caribe, a pequena ilha de Cuba assume uma grandiosidade inigualável perante o mundo. Limitada ao comum no tamanho, importância econômica e cultura, foi projetada na importância por se tornar o primeiro país alinhado ao socialismo soviético na América, a poucas milhas do declarado inimigo ianque. Com um passado histórico relevante, desde a recepção a Cristóvão Colombo em sua aventura desbravadora do Novo Mundo, sua população foi envolvida na torrente de interesses políticos que marcaram as décadas de 50 a 80.
Derrubado o Muro de Berlim, dissolvida a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas e distendida a relação entre os países em nome de uma nova ordem mundial, o regime cubano se manteve intacto, pétreo, fechado intransigentemente a quaisquer ingerências em favor de uma abertura política, econômica e até mesmo cultural. Com regras rígidas que impõem severas restrições à liberdade, Cuba cercou-se de barreiras ideológicas por todos os lados, tornando-se uma ilha de intransigência e intolerância que custou pesado ônus para a população. O símbolo deste país é Fidel Castro.
A sua eficácia em estabelecer expressivas metas sociais incontestáveis nas áreas de Saúde e Educação, principalmente, desgastou-se com o isolamento político e econômico decorrente da supressão dos subsídios soviéticos e da incapacidade de gerar recursos próprios em sua diminuta economia de mercado. Cuba se fechou e todas as portas foram cerradas como para demonstrar que o modelo desenvolvido não poderia vingar para servir a outros países. Os adversários do regime foram presos, mortos, expulsos ou fugiram, na marca ditatorial mais negativa de Fidel.
Depois de 47 anos no poder, o grande líder finalmente adoeceu à véspera dos 80 anos, despertando em todo o mundo o sinal de alerta quanto ao destino da ilha, um reduto comunista que resistiu a todas as pressões exclusivamente pelo carisma e força exercidos pelo ditador. A comunidade mundial especula, diante da possibilidade de sua morte, quais os caminhos que poderão ser percorridos ao final da era Castro.
A própria comunidade cubana que vive fora, notadamente em Miami, cogita uma invasão pacífica ao seu país, na tentativa de reconstruir o país, em molde de preservação sua identidade, cultura, benefícios sociais, abrindo-se para a economia de mercado e para o mundo moderno.
Sabe-se que dificilmente alguém poderá trilhar o mesmo caminho de poder e influência que o velho Fidel. A briga pelo poder deixará sequelas e o país caminhará, inexoravelmente, para um tempo de modernidade e abertura. Os passos a serem cumpridos ainda são misteriosos, mas está na hora do povo cubano acordar para a realidade de que o sonho de igualdade que foi criado teve o seu momento, sua história e sua emoção. O despertar pode ser amargo, mas se tornará suportável com o sopro de liberdade que invadirá novamente as praias e subirá as montanhas, até a hora de descer e traçar um novo destino para Cuba.
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