Os desafios não são poucos e os investimentos necessários são exigidos na mesma escalada, exigindo criatividade e domínio técnico da estrutura. Mesmo com todos os resultados positivos que se podem apresentar, os termos ideais sempre parecem estar muito distantes, como se fosse uma corrida em uma pista que se alonga indefinidamente em velocidade muito superior à que se pode trilhar.
Desde domingo a esta edição, o Correio Popular tem destacado em série de reportagens o problema específico dos usos e abusos de motociclistas no complicado trânsito de Campinas, que se tornou uma grande preocupação e uma inconveniente realidade. Os motoqueiros, por sua ousadia, pressa e imperícia, acabam protagonizando cenas de perigo nas ruas, colocando as suas próprias vidas e de outros em risco, recheando as estatísticas mórbidas dos acidentes.
Entre os motoboys há esforços concretos para unir a categoria, regulamentar a profissão e defender os direitos trabalhistas sem pressões trabalhistas. Na educação do trânsito, foram destacadas iniciativas como o centro de formação de instrutores da Honda do Brasil, que investe institucionalmente na formação de melhores instrutores de auto-escolas. E a própria experiência de motociclistas e clubes que pregam a harmonia no trânsito e a segurança como princípio elementar.
É evidente que não são todos os motociclistas que abusam, fazem barbaridades sobre duas rodas, expõem-se gratuitamente ao perigo constante. O perfil dos infratores é muito claro e é justamente para estes que devem estar dirigidas todas as medidas punitivas e educativas. É necessário construir uma nova mentalidade que incorpore as motocicletas como meio de transporte racional e útil, importante alternativa para desafogar o tráfego nos grandes centros.
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