Cada rio que nasce
É uma moda de viola da natureza
Pra cantar o nú dos meninos
Pra botar nos frutos beleza.
É um rosário de peixes e chuvas
Trançado nas corredeiras
É o espelho da lua, do sol, dos chorões
Das lavadeiras
É o berço das águas, o mel da terra
Das bocas nas beiras...
Cada rio que morre
É uma veia que seca, é um rumo sem norte
Viola quebrada, cantador sem estrada.´
É uma faca sem corte
É um espelho partido, um berço desfeito
É o rosário da morte...
Cada rio que morre é uma tristeza...
(Zeza Amaral e Keula Ribeiro, em Clareia)
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