quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Quero amar..., de Anita Motta


O amor é o limite a ser ultrapassado.
É a garantia do desejo solucionado
É o coração, a carne e o pensamento
Querer, mesmo que proibido
Beber da água, mesmo que não mate a sede
É querer comer a carne e saciar a fome.

É faca transpassando o peito
É querer sentir a dor e o gosto do sangue
Sorrir e se sentir bobo, desafiar
Apaixonar-se e sentir-se lobo, ganhar
É ser um grão de areia em meio a um furacão
É sentir-se a lava de um vulcão
É entrar em erupção e gozar das cinzas perdidas.

Viver, sobreviver, querer
Ser, desejar, beijar
Desejar estar nas entranhas e curtir cada momento
É criar, inovar, gostar
Se apaixonar e chorar por alguém
Conquistar e reconquistar a cada dia
Estar preso e sentir-se livre como um pássaro
É sentir as mãos tocarem o céu,
E sentir o pé grudar no chão.

Querer descobrir limites; ultrapassá-los e redescobri-los
Pular obstáculos e não cair em nenhum
Marcar o gol da vitória, comemorar junto, emocionar-se
É gritar, sentir, soltar-se
Amar e querer sempre amar mais...
Amar, amar, amar sempre.


(Texto de Anita Ribeiro Motta, em 18/5/05)



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