A vida muda tão rapidamente...
Um dia desses estava eu a sorrir, tranquila, brincando de teatro, fazer minhas próprias peças. Mal sabia o que estava por vir.
Eu era feliz e não sabia. Eu vivia e não acreditava.
Hoje, aos 18 anos de idade, me sinto muito criança ainda. Não sei lidar com certas responsabilidades da vida adulta, muito menos sei lidar com esses diferentes sentimentos que aparecem. Isto não é um diário, mas é a minha vida escrita num papel.
Hoje não moro mais com meus pais. Isso é ótimo! Liberdade à vista! Faço o que quero sem ninguém dar palpite! Não, não é assim a história. Pensava eu poder ser feliz longe de quem me criou, mas sei a luta que é para me safar da saudade e da vontade de tê-los comigo novamente... Só eu sei.
Mas a vida lá fora está me esperando. Preciso crescer e amadurecer minhas ideias. Preciso me tornar adulta e arcar com as consequências de cada um dos meus atos, sendo eles mal pensados ou muito bem planejados.
Porém, como aprender tudo isso se ainda não aprendi o que é adolescência?
Como me tornar adulta, independente, se não vejo a hora de voltar para casa e me encostar no meu pai ou me deitar no colo de minha mãe?
Como me entregar ao desejo de crescer se ainda nem sei o que é o gostinho de uma vitória perfeita?
É nesta hora que Deus me pega em seus braços.
Preciso de ajuda, de conselhos e de companhia...
EU QUERO VIVER!
Será que isso foi um grito? Ou um simples desafio de quem está mais confusa do que nunca? Para que precisamos sofrer tanto para aprender as coisas?
É claro que sei que grande parte dessa minha tristeza vem de mim mesma e do que faço ou penso, mas qual é o porquê dessa agústia que me corrói o coração?
Conforta-me ó meu Senhor... Guia-me por teus caminhos de Graça e Verdade.
Não me abandonem caros colegas, caros amigos e comparsas.
Estejam vocês ao meu lado nessa hora tão difícil de minha vida.
Tenham a acerteza de que estou com vocês, aqui ou longe, mas estou. Na sua lembrança e no seu pensamento.
Apenas mais um desabafo...
(Anita Ribeiro Motta, em 25/3/2000)
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