quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009
Organização de Carnavais
A enorme diversidade cultural brasileira faz com que o Carnaval tenha tantas faces quantos são os locais onde a festa acontece. A maior comemoração popular deste país tem como signo comum a música, a diversão escancarada, a informalidade, fantasias, tudo misturado e condimentado por toques de sensualidade, espírito crítico, resgate histórico, puro deboche. De Norte a Sul, das marchinhas de salão, do desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro aos trios elétricos ensandecidos da Bahia, há espaço para todo tipo de folia que acontece com a leitura típica de cada região.
A riqueza destas abordagens é um fator importante, ao par de ser uma tradicional opção de lazer que incrementa o turismo e gera ocupação cultural para milhões de pessoas. Os preparativos para os desfiles, a infraestrutura operacional e de segurança, sem falar do suporte na área de transportes, saúde, envolvem enormes investimentos e movimentação de dinheiro, sendo um evento de real importância para a economia.
Quando o desfile das escolas de samba do Rio e o carnaval baiano encamparam a grandiosidade do evento e tornaram-se um dos maiores negócios de turismo do país, a atenção das pessoas se voltou para eventos alternativos, valorizando pontos originais como o tradicional carnaval de marchinhas em São Luís do Paraitinga, os blocos extravagantes formados nas esquinas, os bailes de salão reformulados, a alegria pulsante de cada ritmo regional, amalgamando a cultura da festa brasileira.
Toda esta mobilização tem razão de ser na necessidade da população encontrar momentos de relaxamento e confraternização, que o poder público tem entre suas atribuições facilitar. O que não pode acontecer é o Carnaval ficar na coordenação de pessoas despreparadas, faltar infraestrutura elementar para reunir tantas pessoas em segurança, e mesmo escolas serem subsidiadas e sequer aparecerem para o desfile ou para a prestação de contas. Organizar evento para milhares de pessoas exige profissionalismo e investimento sério, que dê estímulo para que o Carnaval não se resuma a cinco dias de desperdício e aborrecimentos, e se transforme numa festa que pode começar a partir da quarta-feira de Cinzas.
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