Criança do asfalto, olhe em torno de você
Veja a vida em prateleiras de liquidação.
Nos mostruários enormes de um supermercado,
Pequenos restos, sobras de uma existência sem igual.
Se você procurar bem, mas muito bem,
Como quem busca um preço antigo nas maravilhas de lata,
Há de encontrar lá no fundo, bem no fundo mesmo,
Uma alegria perdida entre cores e embalagens.
Por trás de cada lata, cada cor, cada fantasia,
A fantasia de um homem puro, sem embalagem,
Na busca desesperada de uma vida inútil:
vender a própria alma para liquidar a si mesmo.
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